Comida · Food

A gastronomic menu on the heights

Food in toothpaste-like tubes, canned preparations, bags filled with a freeze-dried preparation. These are the main images of space food that we have seen since the first manned flight and the most recent voyages into space.

After they were disseminated, these images left the impression that space food was a kind of ration, a minimalist portion much more focused on nourishing and sustaining the body than on actually feeding cultural aspects related to food. While these images are still prevalent, it seems that this idea of space food has been changing for some time.

In this March, it was announced that a space travel company will be partnering with renowned Danish chef Rasmus Munk of Copenhagen’s Michelin-starred Alchemist restaurant to offer a gastronomic voyage into the stratosphere. The trip will take place in a space balloon at 30,000 meters above sea level for six hours. The idea is to watch the sunrise over the curvature of the earth and taste a special menu created by this chef for the “modest” price of $500,000 per person. Literally, a sky high price!

There will only be six passengers per trip. Not bad to have a panoramic view like this while eating a meal prepared by a chef with two Michelin stars. A privilege for the few. An extravagance that seemed reserved for a much more distant future.

Were it not for the fact that we live in such a troubled world, with so many pressing demands to invest in, it wouldn’t make much sense to see people spending mega fortunes on such fleeting moments of luxury. The total value of each of these trips would solve some hunger problems for many people. But the cause is noble. The money raised from the trips will be invested in gender equality in science and technology. A good cause!

Um menu gastronômico nas alturas

Comidas em tubos semelhantes aos de pasta de dente, preparações em lata,  saquinhos recheados de um preparo liofilizado. Essas são as principais imagens de comida espacial que conhecemos desde o primeiro vôo tripulado até as viagens mais recentes ao espaço. 

Depois que foram disseminadas, essas imagens deixaram a impressão de que a comida espacial é uma espécie de ração, uma porção minimalista muito mais voltada para nutrir e sustentar o corpo do que propriamente alimentar aspectos culturais relacionados à comida. Embora essas imagens ainda prevaleçam, parece que essa ideia de comida espacial já vem sendo transformada há algum tempo. 

Neste mês de março, foi divulgado que uma empresa de viagens espaciais, em parceria com o renomado chef dinamarquês Rasmus Munk, do restaurante estrelado Alchemist, em Copenhague, vai proporcionar uma viagem gastronômica na estratosfera. A viagem será em um balão espacial a 30.000 metros acima do nível do mar com duração de seis horas. A ideia é observar o nascer do sol sobre a curvatura da terra, degustando um menu especial criado por esse chef e pelo preço módico de U$ 500 mil por pessoa. Literalmente um valor nas alturas!!! 

São apenas seis passageiros por viagem. Nada mal ter à frente um panorama desses enquanto se faz uma refeição de um chef com duas estrelas Michelin. Um privilégio para pouquíssimos. Uma extravagância que parecia reservada a um futuro bem mais distante. 

Não fosse vivermos em um mundo tão problemático, com tantas demandas urgentes para se investir, ver pessoas gastarem mega fortunas em momentos de luxúria tão efêmeros parece algo que não faz muito sentido. O valor total de cada uma dessas viagem resolveria alguns problemas relacionados a fome para muitas pessoas. No entanto, a causa não deixa de ser nobre. O valor arrecadado com as viagens deve ser investido na equidade de gênero na ciência e na tecnologia. Uma boa causa!

Leave a comment